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CAROLINA VELASQUEZ

CAROLINA VELASQUEZ

Portifólio Carolina Velasquez

Carolina Velasquez

Processo Criativo




                                                 

                                     A mulher e o Fabuloso. 2014. Carolina Velasquez


                                                       
                                                   Carolina Velasquez

      Bacharel em Artes Visuais pela Unesp SP, formada em 2002.

     Em seu processo criativo possui uma narrativa arquetípica e surrealista, sua linguagem principal PINTURA expande para outros campos: escultura, costura, fotografia, performance e desenho. Atualmente é artista do Programa de Residência artística da Casa das Caldeiras 2014. Mora em São Paulo.

    A artista tem como estrutura de sua poética a inserção de si mesma como personagem interagindo com objetos e seres inventados em paisagens e situações cotidianas. Utiliza-se de praias, florestas e cidades para formar paisagens panorâmicas, tal como eram construídas as paisagens 3⁄4 por artistas holandeses.

   O gesto do deslocamento da memória predomina em sua produção, deslocar o olhar comum do público sobre: cenas cotidianas, paisagens e seres, trazendo a tona situações surreais que constroem a ponte entre o consciente, a memória simbólica e o inconsciente.

   Utiliza-se da técnica da costura para trazer ao tridimensional os seres primordiais que resgata de sua pesquisa acerca das mitologias e simbologias presentes em antigas civilizações.
    
    A ordem é a interação de seu eu - corpo feminino com suas esculturas, isso resulta no suporte desenho ou na performance seguida da fotografia; por vezes acopla em seu corpo as esculturas coloridas, estas atuam sob o nome orgãos internos, que podem ter significado físico da função de manter a vida daquele que o possui ou o aspecto metafórico de representar a vida daquele que o possui, esta linha de pesquisa é nomeada por POLIPEROS – corpo sem orgãos, fundamentada pela teoria de Antonin Artaud sobre o corpo e sua possibilidade de ação

    Por vezes os orgãos internos deixam de ser orgãos para virarem corpos inteiros, seres completos que surgem do inconsciente da autora, como um múltiplo de seu espirito, a dança da artista com seu outro eu, nos revela suas relações com sua memória, origem e ancestralidade.

   Algumas vezes os seres são construídos através de várias mãos, proposições do fazer artístico são realizadas pela artista em convite ao público, estes leigos ou não em arte, podem expressar sua memória no feitio de seres, objetos, simbolos que acrescentem realidade e paisagem à cena proposta; o resultado é o objetivo da poética de Carolina, a reconstrução coletiva do olhar, da memória, da inconsciência pela visita `as camadas do que chamamos de cum grano salis, nosso inconsciente coletivo.




                                       A mulher , o mar e outras naturezas.2012. Carolina Velasquez

FABULOSO. 2014

Boneco Escultura FABULOSO.Carolina Velasquez.2014


Proposta que envolve o os bonecos da série FABULOSO no Festival BAIXO CENTRO 2014


A construção Coletiva do Fabuloso, o Mito em forma de boneco

dia27/04às13:00
Via Elevado Presidente Artur da Costa e Silva - Campos Elíseos, São Paulo - SP
A proposta é um convite ao público que faça intervenções no boneco FABULOSO ( boneco de altura de dois metros, que estará em pé no local).
FABULOSO é criado para tornar-se um mito através das mãos e criação dos passantes e assim como tal é estruturado pelo termo CUM GRANO SALIS – inconsciente coletivo, que possui conteúdos e comportamentos que são os mesmos em toda a parte e em todos os individuos.
A pergunta central que incentiva a imaginação, o fazer criativo e o acesso ao inconsciente coletivo é: SE VOCÊ TIVER UM OBJETO MÁGICO SOB SEU PODER E ALGO DELE PUDESSE SER OFERTADO AO MUNDO, O QUE SAIRIA DESTE OBJETO FABULOSO?
O boneco será todo de feltro e terá uma cavidade que se inicia abaixo de sua cabeça e termina abaix de sua barriga, nesta cavidade, as pessoas poderão costurar objetos pequenos, também feitos de feltro, produzidos e idealizados por elas mesmas em resposta à pergunta central; pelo corpo do boneco os participantes poderão bordar palavras e desenhos com fios de lã coloridos e haverá apossibilidade de modoficar as posições corporais do boneco, visto que ele contem um esqueleto de arame interno .
A artista proponente estará no local durante cinco hras por dia com sua maquina de costura e materiais para ensinar os participantes a produzir os objetos de feltro e a bordar com linhas de lã e principalmente conversar com o público sobre O QUE O SEU FABULOSO CRIA?





Formação de educadores

 Exposição GrimmAgreste 


     Sesc Interlagos

Fotos de Fazer artístico proposto após fala sobre a psicologia do boneco e a reconstrução da alma do protagonista de uma história, por Carolina Velasquez. Cordenação Zebra5 - Jogo e Arte




2013



Intervenção Estandarte CAVEIRA no minhocão.2013

Intervenção Estandarte CAVEIRA no Minhocão.2013


2013





Oficina COSTURA DO FEMININO - BONECA DE BOLSO.Na Escola Canuto Duval com adultos e crianças, pelo Festival Baixo Centro 2013




Detalhe de pintura. AUTORETRATO. Carolina Velasquez.2012
Obra a ser exposta no mês de novembro, Casa das Caldeiras

Série O CORAÇÃO, O MAR E OUTRAS NATUREZAS
































Aí estava o mar, a mais ininteligível das existências não-humanas. 
E ali estava a mulher, de pé, o mais ininteligível dos seres vivos. 
Como o ser humano fizera um dia uma pergunta sobre si mesmo, tornara-se
 o mais ininteligível dos seres onde circulava sangue.
Ela e o mar.
Só poderia haver um encontro de seus mistérios se um se entregasse ao outro:
 a entrega de dois mundos incognoscíveis feita com a confiança com que se 
entregariam duas compreensões.
Lóri olhava o mar, era o que podia fazer. Ele só lhe era delimitado pela linha do
horizonte, isto é, pela sua incapacidade humana de ver a curvatura da terra.

Deviam ser seis horas da manhã. O cão livre hesitava na praia, o cão negro. 
Por que é que um cão é tão livre? Porque ele é o mistério vivo que não se indaga.
 A mulher hesita porque vai entrar.
Seu corpo se consola de sua própria exigüidade em relação à vastidão do mar
porque é a exigüidade do corpo que o permite tornar-se quente e delimitado, e o 
que a tornava pobre e livre gente, com sua parte de liberdade de cão nas areias. 
Esse corpo entrará no ilimitado frio que sem raiva ruge no silêncio da madrugada.

A mulher não está sabendo: mas está cumprindo uma coragem. Com a praia
vazia nessa hora, ela não tem o exemplo de outros humanos que transformam a entrada
no mar em simples jogo leviano de viver. Lóri está sozinha. O mar salgado não é sozinho
porque é salgado e grande, e isso é uma realização da Natureza. A coragem de Lóri é a
de, não se conhecendo, no entanto prosseguir, e agir sem se conhecer exige coragem.

Trecho do livro UMA APRENDIZAGEM OU O LIVRO DOS PRAZERES de Clarice Lispector